Diplo, que trabalhou nos três discos de M.I.A. e já namorou ela, disse que tentou alertá-la para não mexer com o que, segundo ele, ela não conhece. Mas o conselho foi em vão, já que as letras de seu terceiro disco, "Maya", continuam carregadas de críticas políticas.
"Maya [nome real da cantora] se deixou aberta para ataques. Não é fácil criticar ela porque ela é de esquerda, progressiva, uma mulher. Ela é boa em muitos aspectos, mas quando se trata dos fatos políticos reais ela não tem nada", disse Diplo.
Ele continua: "Eu disse pra ela no começo da produção de seu terceiro CD, 'não coloque política no meio disso. Primeiro porque Obama é o presidente, e você não pode glamorizar o terrorismo, isso não é legal... você não pode se esconder atrás disso', mas ela mesmo assim o fez. Ela não tinha um plano B. Eu avisei desde o começo que isso não funcionaria. Então [a jornalista] Lynn Hirschberg destruiu ela. Mesmo se ela não colocasse política no meio da história a crítica acabaria com ela de qualquer jeito, porque o disco não é bom."
No ano passado M.I.A. se ofendeu com um artigo de Lynn Hirschberg no The New York Times que, assim como Diplo, questionava o quanto M.I.A. realmente sabia de política. Como resposta M.I.A. publicou o número de celular da jornalista em seu Twitter e escreveu uma música de resposta, chamada "Haters".
Na época M.I.A. também disponibilizou o áudio da entrevista em seu site, o que levou o jornal a publicar uma errata afirmando que Lynn usou as falas de M.I.A. fora de contexto e ordem cronológica para construir sua matéria.
Mathangi "Maya" Arulpragasam, nome real de M.I.A., nasceu na Inglaterra mas passou sua infância no Sri Lanka, país de origem de seus pais, em meio ao início da guerra civil que tomava o lugar. O pai de M.I.A. foi um "Tamil Tiger", membro da organização separatista do Sri Lanka. M.I.A. já negou em diversas entrevistas que apoia o terrorismo.
